Siderurgia brasileira em 2021

Apesar de existirem várias ligas metálicas e cada uma com a sua importância e utilização, quando falamos em siderurgia, logo pensamos no aço, pois esse é o mais utilizado no mundo industrializado em que vivemos.

O aço teve seu potencial descoberto na Revolução Industrial, com a invenção dos fornos, e consequente limpeza das impurezas do ferro e a adição de propriedades como resistência ao impacto, desgaste e corrosão. Nesse momento nasceu a siderurgia!

A siderurgia é o ramo da metalurgia dedicada a fabricação e tratamento de aços e ferros fundidos, são setores básicos da economia, e sua produtividade afeta diretamente outros segmentos, pois fornecem insumos para diversos setores da indústria de transformação.

É um mercado que movimenta milhões de dólares e eleva o PIB dos países, em 2018, o Brasil ficou em nona posição entre os 10 maiores produtores de aço do mundo.

No Brasil, a siderurgia ainda não consegue atender toda a demanda nacional por aço, sendo necessárias importações, destacando a necessidade de crescimento industrial.

A siderurgia e metalurgia nacional e mundial estão sendo afetadas por fatores econômicos e socioambientais, como:

• Aumento da concorrência.
• Pressão sobre o preço de matérias-primas nos últimos anos.
• Cobrança para a redução de impactos ambientais.
• Aumento e incerteza sobre os preços da energia em contexto mundial.

Apesar de todos os desafios, como são setores essenciais para economia nacional, é necessário que eles se mantenham aquecidos e com máxima produtividade, mantendo abastecidos outros setores da economia que são dependentes da siderurgia e metalurgia.

O QUE ESPERAR DA SIDERURGIA EM 2021

A siderurgia brasileira é representada por 15 empresas que são controladas por 12 grupos, que juntos operam 31 usinas siderúrgicas, e que estão distribuídas em 10 estados brasileiros.

De acordo com o Instituto do Aço Brasil (IABr), em 2020, o Brasil produziu um total de 30.971 milhões de toneladas de aço bruto.

Desde 2015, a utilização da capacidade das siderúrgicas não passa de 70%, e com a crise da COVID-19, os índices caíram para menos de 50%. Com isso, a retomada da economia se faz mais que necessária.

Para 2021 é esperado que as exportações impulsionem a siderurgia.

A atual situação econômica, com a baixa na taxa Selic e o a valorização do dólar perante o real, é um bom sinal para a indústria nacional, principalmente para as exportadoras. Ainda podemos considerar a alta nos preços do minério de ferro, acendendo a chama de um futuro promissor para este mercado.

“O atual dinamismo do setor imobiliário e dos preços relativos como câmbio devem estimular a indústria siderúrgica nacional, especialmente se a demanda global ajudar”, projeta o engenheiro e doutor em economia Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e atual diretor de estratégia econômica e relações com mercados do Banco Safra.

Apesar da produção total de 2020, dados do Instituto Aço Brasil mostram que a produção siderúrgica nacional não passou de 14,2 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2020, uma queda de 17,9% em relação ao mesmo período de 2019.

O crescimento do mercado imobiliário ajudou na redução das perdas do período, mas é necessário que a indústria automobilística e a produção de máquinas e equipamentos retomem.

Mais de 80% da demanda da indústria siderúrgica brasileira está concentrada na construção civil, bens de capital e no setor automotivo, afirma Luis Fernando Martinez, diretor-executivo da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Para 2021, o Instituto do Aço prevê um crescimento de 6,7% na produção de aço em relação ao ano anterior, atingindo 33 milhões de toneladas de aço bruto. Para as vendas internas, a estimativa é de que estas tenham um crescimento de 5,3% atingindo 20,3 milhões de toneladas e o consumo aparente de produtos siderúrgicos de 5,8% em comparação com 2020, alcançando 22,4 milhões de toneladas.

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Devido às altas temperaturas, as peças e equipamentos utilizados na siderurgia sofrem um desgaste severo, levando a uma baixa durabilidade, gerando altos custos de manutenção, redução na produtividade e produção de peças com possíveis defeitos.

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